quinta-feira, 28 de agosto de 2014

você lê os meus poemas?


Construirei cápsulas de proteção que me amparem das quartas-feiras.
Serão vermelhas e rodadas, como as vestes de Iansã, minha mulher-orixá-guardiã.
E lá toda memória sofrida e pulsante-ainda vira breve esquecimento.
Minha 'brilho eterno de uma mente sem lembranças' temporária,
age às 4ªs e, passado o inventivo libertário dia, evapora-se.
Volta nas nuvens da semana seguinte,
chovendo proteção novamente sobre meus ombros, cabeça, órgãos e respiração.

Até que quarta-feira não precise mais lembrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário