sexta-feira, 31 de outubro de 2014

do que sabem as palavras?

eu conhecia algumas palavras.
você me mostrou o inverso delas.
dupliquei meu paladar, gostando do teu sabor, além do meu.

e doutras fizemos nossas.
que, se existiam antes, nunca reparei.
assim como objetos, lugares.. e sentidos.
o mar, que não era aquele antes do banho em que v. me abraçou.
o beijo, que não era aquilo antes do nosso amor.
as camas, que nos espalharam pelos bairros.

eu mesma,
umas a mais dentro de mim,
entre minhas pernas,
entre as tuas.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

26



quero um dia bom, que seja o ano da alegria de corpo inteiro, que seja festa de coração, sabores que gostamos no prato e fazemos para @s amig@s. Quero dia inteiro - 26 - dia que quem é sabe! No tempo que não precisa amanhecer nem acordar, que não tem noite, não tem hora, num lugar que é perto de mim, mas me deixando ser como sinto que só assim sei.
sei de uma beleza que vejo em ti, e as pessoas espelham a minha alegria repetindo assim: tá bonita! Nessas vozes, nessas horas, parece que Oxum sorri, dourada, e flecha meu sagitário.. sou boba de mulheres banhando em água tão doce como sorvo que seja o amor

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

parecida

Era uma noite que presumia-se confusa.
Após um dia de informações confusas.
Eu havia atravessado a rua com o amor romântico,
para do outro lado da calçada perceber que eu não queria mais aquela travessia.
Depois atropelei ao acaso uma história,
para não querer chegar em outra.
Sentei-me no sofá e conversamos.
Dei uma dica. Recebi um convite.
Rejeitei e aceitei.
Fui para o corpo, mas não dispenso as palavras.
Levei daquelas pedradas que palavras soltas conseguem dar(-me)
Fiz silêncio.
E chegou a noite me oferecendo o poder para decidir.
Abri um vinho. Merlot, francês
Tomei a 1ª taça. Imaginei sabores.
Virei a noite para o meu lado.

Largo o amor romântico.
As paredes sempre escreverão sobre mim

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Memória fugindo de casa!
Não arruma sacola, não quer levar nada. Quer deixar.
Passado no passado, e Corpo não é passado.
Corpo é de hoje, diz Memória
Corpo não é pra guardar cheiro, toque nem pertences do que não é
Corpo é agora!

Memória, pra ajudar Corpo, jogou forte pela janela no elemento que alcançou à fúria.
Fogo nunca me negou amparo.

Os espaços vazios são espaços vazios.
Não carece de empilhar tralhas nem pessoas.
Espaços vazios arejam o movimento, ampliam a visão do desejo.
E mais a mais, o terreno germina no invisível.
Algo plantado já está!

Pra Memória,
Pro Corpo,
Registre-se: coração