domingo, 20 de abril de 2014

domingo, 13 de abril de 2014

lá depois


Do dia desse silêncio guardo músicas que cantem água

E fico na rede partejando despedidas
Partidas
Re-partida

Pra depois voltar a ser inteira-mente eu
Inteira-corpo, inteira-sonho, inteira-só-mente eu

Na hora que o sol leva pra junto de si, e só de si, a claridade que me alegra, fico olhando, sem tocar no tempo, porque olhar é uma coisa boa que o Vini me disse ontem à noite..
Não deixo de sentir o toque leve do amor, aquelas folhas que balançam verde, uma lembrança, uma fotografia que tinha escondido e sei onde está.. sinto tudo, e é tanto sentir que embaralho passos pra frente, passos pra trás, peço desculpa ao destino que escolhi porque às vezes não sei bem em que memória ele está, sonho o que não é mais de sonhar, esqueço de acordar e tomar o juízo, o café, o elixir que maloca entre o azul e o branco do céu da minha janela e a luz amarela que clareia o amor
Partiu o amor

sábado, 5 de abril de 2014

passe

A estrada não se mostra sempre.
A estrada, o caminho, aparece.............desaparece
Quando a vemos: aproveitemos!
Registras as pistas, as percepções, os sinais.
Quando ela desaparecer do nosso imaginário, aí é tarefa desenhar, falar, escrever, registrar, sonhar, gravar, tatuar.
Um indício de que houve.
Um registro da visão, da ilusão com certeza.
Dali escavamos a terra.
Dali escorremos para realizar.
A estrada nos diz para onde ir.
Mas ela é imagem, som, cheiro. Instantânea na sua certeza.
Restante do tempo é afinar, conectar
A estrada só conhece o frescor
não o congelamento
O caminho verde, na proteção dos elementais e orixás, uma luz de azul, e o mapa a trilhar, sem dados concretos e dando tudo.
Dos pés a cabeça, sabemos.
Da cabeça aos pés, esquecemos.
Na circulação, prendem-se memórias aos braços, virilhas, dedos.(certos toques nos fazem recordar)
A estrada é uma certeza.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

pelas águas que andei

no sonho,



eu estava segura, e ao largo passava um mar de ondas gigantescas e devastadoras
mas eu estava segura.

de repente vejo imagens que me interessam, a interação do homem com as águas, quero registrar.
o equipamento mais preciso estava longe, perto do mar, dentro do mar.
eu fui buscar!

parti pro gigante e pro desconhecido, que quando a gente tem medo, chama de 'perigoso'
parti sem sentir pra onde ia, parti por impulso
(parti porque onde eu estava não me cabia mais).. (A Alma Imoral)

não afundei. não morri.
andava pelas ondas imensas,
abaixo de mim, subterrânea, uma baleia azul enorme me protegia

e em comunhão com o meu desejo e com as águas, eu cheguei aonde eu queria.

terça-feira, 1 de abril de 2014

meia parede

espero ter tempo pra fazer as coisas que vejo e tenho vontade
pois, na espera, o tempo passa
e eu fico encabulada de tanto sonho pendurado nas paredes sem uso - ainda -
tempo pra fazer os imperfeitos
tempo pra curtir os descaminhos graciosos - veja bem, os graciosos!

para ter, sonhar
para tempo, vontade
ser uma pecinha tola que se esquece pra que serve
pois é no inservível que quero ficar
fazer minhas coisas, todas tolas como eu
e esquecer do que virou sofrer