terça-feira, 3 de dezembro de 2013

feixe de luz


Quando chove assim a poesia escorre,
pingos na parede antes agasalhada.

memórias na minha pele
o cabelo molhado de sagrado muda de cor.
O gozo também é uma chuva dentro da mulher.
(quantas de mim chove em mim?!)

As paredes são a pele da minha casa
No meu corpo, casa, mais pele irradia poder.
É a barriga, é o peito, é a chuva, é a gota que pinga do meu coração.

Charco. Nanã.
Partes surradas, suadas, na lama desabrochando flor.
Re-parte. Depois liga.
Gruda amor no meu coração que amor não se esfarela nem com tiro, nem com água.