sexta-feira, 30 de outubro de 2015

em uma xícara de café, ou uma cerveja


Divertir-se

um@ na outr@
um@ com a outr@
um@ da outr@
um@ pra outr@
um@ e a outr@
um@ pela outr@

Nessa sexta-feira


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

das conversas

Sei mais, não precisa agora
Chorar

Olhei de novo, ouvi de novo
E o que me assustou era amor também, fico calma agora
às quartas

Porque amar não é sempre que é esse tormento de possuir
e querer só pra si,
cócega no seu só umbigo

Minha Gira também toca o ventre e sabe enxergar a outra sendo a outra,
em paz
Sabe trocar o disco, e tocar o próprio perdão
Andar de ônibus e, das mesmas perspectivas, afagar o que vivido
Amado, sentido, chorado,
passado..

Minha velha se afoba na urgência dos dias

- e minha filha me diz: é essa ancestralidade que te desanima conversar,
vai tomar um banho,
nas ervas lavar essa trajetória cansada
Respeito.

E deito com a minha velha na rede que já deitei contigo.
O amor tem vários pousos.

sábado, 24 de outubro de 2015

aos trancos, reconstituir-se..

Quando não estou, já estive

Quando não é mais tempo, não há

As lamentações são só a minha saudade,

Um olhar alheio

Rostos tão meus

Um amor que não se explica
Várias coisas não se explicam, aceito

- Mas se houvesse mais mundo, mais tempo, mais outro.. - penso.. porque tanto sofrimento por aqui?

Eu estive, sorrisos

Não há saber, amor além
Não é preciso, a música conta

Pouso pelo equilíbrio, nunca saberei mais que isso, meu desejo

Preciso ler sobre o que o mundo relata
Meu mundo não tem estandarte

Mas se eu choro sorrisos agora, é por reconhecer que a vida é muito bela nessa reconstituição do que eu preciso entender..
ninguém mais nos verá


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

por cá


Por quartas passadas, o amor pranteou
Em quartas distintas, distintos dias pincelando amores e mortes.. que não se fizeram acreditar
- Pois as palavras já foram usadas, e não querem, por enquanto, voltar a brincar

Ouvi coisas novas e lindas ontem.. mulheres no tempo do mundo reescrevendo.. quanta beleza naqueles gestos, perspectivas, imaginações


Não faço ideia do que é a vida, essa ficção para a qual me trouxe há 46 pequenos anos.
Sigo nesse sem meio que é observar
Sorrir
Amar
(sofrer um tantinho, pro que é o mundo)

E afinal acocorar à beira da fogueira e entender outro tantinho que seja..


Assim resiste, por cá, o amor

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

pastilhas

o amor engoliu tudo

mas eu desenho no pulso a resistência

vou reaprender a sonhar

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

entre quartas

O tempo sendo tempo.

De um menino que,
a partir da sua inocência,
me explica o mundo.

Que não há um só lugar em cada lugar.
Que cheiros são lugares.
Afetos são lugares.
Canções são lugares.

O que melhor o tempo faz é passar.
Sem que importe a crença, ou o tamanho do estrago.
Ele passa.

Todas nós, figurações do tempo.
Antes que eu entenda, já me carregou;
em giros, que eu fico tonta.
Não preciso de toda a minha sanidade,
ou equilíbrio,
para o que ele quer me mostrar.



Que o amor falha,
como a costura do vestido,
ou a tabelinha-matemática-do-sexo.

Que amor vira ódio,
até que não precise mais,
aí vira nada.

Tudo o tempo vê. Nada o tempo prende.
Tudo, dentro dele, como ele, vai passar.
Quando é pergunta que ele não responde.
Nunca não existe, é piada.
Sempre é o rebote, também não há.



Hoje é a minha aventura.
Antes era você.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

cabeça linda

Numa coleção de vidas, uma vida só
Que tem validade improvável, e nunca se sabe se hoje foi o último dia pra des-dizer que te amo.

Numa vida só, uma mulher, outra mãe;
Uma criança, outra adulta;
Uma cínica, outra sinceramente amor;
Uma eu, outra eu.

E o que mais me surpreende é que todas bailam aqui nesse quarto,
descem a escada,
cortejam o rapaz,
aplaudem o filho,
escrevem no ônibus devaneios e saudade.

Seres que me movem, tempos que me escorrem,
sou índia, filha de Nanã e alheia no mundo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

na rua donde as minhas moram


saudade nos ossos
roendo em palavras ditas
em papeis achados

mudança da outra é minha também
vi lá uma dedicatória
e volta no ouvido uma velha canção proibida

passo a chave mas os portões ainda deixam entrar
haja delicadeza para tanta espaço de ausência

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

saudação à força da leveza


chega uma água calma
para levar consigo
traços & partes
que a correnteza
não conseguiu arrastar

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

a linda rosa que eu ganhei


O amor, profundo, me mata.

Insisto, mata de novo.

Pode chamar do que quiser. Pensar o que quiser.

Entre o 'só' e o 'tudo', era amor.

Limites que dei para o 'tudo' que era: 'só' amor.