sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

a virada


Meu ano já terminou. Meu ano novo já começou.

Sou sagitariana do final de novembro. 47 anos.

Minha vida tá absolutamente desordenada, com ares de normalidade e trilhos bem dispostos.
Como não sei deixar contas em atraso, elas estão ok.
Como não sei muito falar de mim, tudo parece bem

Preciso parar de pensar. O motor das repetições está em alerta e eu, que não sei de ansiedade na vida, não entendo esse novo movimento em mim.
Sou calada, e esse barulho não me deixa dormir.

Jorge me diz que ficar tempo demais sozinha me potencializa e me destrói, pois me compatibilizo com quem sou e me amo, mas também entro em debate e paranoias assim

Daí então que preciso escrever. Preciso me comunicar com o mundo exterior. Preciso de outras palavras além das ‘minhas’.

Penso também em tintas, linhas. Dar uma volta por fora, passear com vontade pelo universo alheio.

Meu corpo quer encostar seu peso em um amparo. Minha vida quer balançar desengonçada em outra roda, outra alegria.
Preciso delicadamente iniciar-me em outra cura. Viver tá um desafio, quero partilha!