quinta-feira, 20 de abril de 2017

coisas escritas dos dias sentidos





Minha fome de mais começa no fim da tarde,
e seca inapetente às 23h+-

Eu pensava que era falta da outra,
até descansar e desconfiar de mais.


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Meu pai disse que andava pela rua pra não falar com quem passava na calçada.
disse pra se responsabilizar por sua solidão.
Estava triste, e eu achando bonito esse refletir da vida

Eu soube da nossa parecência ali, embora já suspeitasse
ele disse que eu não, que eu tinha pessoas.
Eu tenho mesmo, mas cavuco a terra à distância de ser só eu


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Considero que pela 1ª vez na vida tenho cabelos grandes
a Talula diz que lembra que eu já tive.
Eu vi fotos.
me intriga essa discordância de imagens
Acho que agora sou mais eu do que era antes


quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Geleia



A fruta da paixão é amarela
Mas eu prefiro geleias vermelhas
E fico - geralmente sozinha - imaginando o caminho percorrido até chegar aqui.
Por onde passou, quem beijou, que belezas viu.
Desorganizo rapidinho para tocar em emoções adormecidas, fios soltos do amor.
Chegar sorrindo melhora o dia.
E, sim, eu preciso de dias melhores.


Os caminhos da minha poesia são bem estreitos e tortinhos, bifurcam-se com a vida aqui fora e não há voz nem peito pra explicar.
No sexo às vezes a poesia é melhor dita que ao pé do ouvido. Buceta desdobra sutilezas em suas múltiplas terminações.. nervosas, sensíveis, potentes
Já na vida, no movimento da rua ou do bar, silêncio tem sido minha voz.
É tão bom beber silêncio com poesia, tão bom ouvir a canção que vem dali, de ti, de mim.
Imagino o verso que deitaremos, a roupa que usaremos, a vida que nunca teremos.

A paixão sangra, é vermelha!