quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Memória fugindo de casa!
Não arruma sacola, não quer levar nada. Quer deixar.
Passado no passado, e Corpo não é passado.
Corpo é de hoje, diz Memória
Corpo não é pra guardar cheiro, toque nem pertences do que não é
Corpo é agora!

Memória, pra ajudar Corpo, jogou forte pela janela no elemento que alcançou à fúria.
Fogo nunca me negou amparo.

Os espaços vazios são espaços vazios.
Não carece de empilhar tralhas nem pessoas.
Espaços vazios arejam o movimento, ampliam a visão do desejo.
E mais a mais, o terreno germina no invisível.
Algo plantado já está!

Pra Memória,
Pro Corpo,
Registre-se: coração

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