segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

o susto alheio

não é assustador que não se tenha forças
assusta-me talvez não poder cair,
essa reserva desmedida e solitária de não fraquejar
voltar-se tanto para a proteção que perde-se o maior dom, ser humano
despencar, romper, cair, chorar no meio da rua concreta do mundo concreto

por telefone, umas 4 palavras se desviavam das lágrimas no supermercado.. não sei cair!
e imaginar que não se imagina ajuda, em nenhum poste, ponte ou superfície
entreguei tudo para que não esqueça de nada que pra mim tem valor
sou feita de superficialidades
tenho mania de outro
mas estrago tudo quando só sei ficar só

com ou sem dor,
suor,
ou cavalheirismo
sou a dama perdida dentro do carro,
propositalmente esqueci-me lá..
deixa queimar que depois lá depois consiga voltar

por hoje mais nada,
amanhã volto a tentar

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