domingo, 3 de fevereiro de 2013

depois de 02 de fevereiro

Qual o reflexo da minha vida na vida das outras pessoas?

Vivo nessa repulsa e exercício de atração, amor demais e não saber amar. Uma história que daqui a 50 anos saberei contar. Por enquanto, rasgo páginas, estrago canetas, e brinco quando sou feliz. Não é todo os dias, não é sereno como eu acredito que possa ser. Liberar todo o amor para que ele possa ser. Estar no mundo só. Nenhuma culpa, nenhuma desculpa. Minha essência é solidão.

Abraço em capacidade imensa, mas depois preciso com determinada urgência separar-me do todo, ser-me sozinha, deixar partir o que é pleno pelo espaço do tempo que ainda temos. Quero aprender a desfazer com o mesmo prazer que faço. Ter música para todas as estações e canções que me afaguem na despedida. Despedir-se ser como amanhecer, despertar. Deixar ir ter o mesmo impulso vital e naturalidade de deixar vir.

O eterno que me habita é cálido, não confuso. Bebo na fonte dessa cor flamejante, e, por fora, conflituo as outras necessidades. Não preciso dessas. Saberei ser só, c'est tout.


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