segunda-feira, 11 de abril de 2016

carta para alice


andava com os olhos salgados.
fechava-os para o todo que tinha às vistas, tantas possibilidades
evitava o toque.
só enxergava o perdido;
o tempo carregara
e ela, agarrando vento, era pretensão e cegueira

hoje de manhã mudou a direção,
enxugou os olhos.
se dá conta da infinidade de formas possíveis para o seu corpo,
sua arte,
sua existência.

* até respirar tem cores! *
Me levou pra passear de ônibus.
Estava mais bonita, assim, disposta a se iluminar de vida.

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