quarta-feira, 28 de agosto de 2013

nas águas

Na vida, hoje, ando mais leve

Gripada, mas consciente do meu corpo, sem forçar, em equilíbrio mesmo no desajuste da doença..
quase como dizer ‘eu entendo que você fraqueje agora, cuido de ti, tenho paciência, tenho tranquilidade para vivenciar o incômodos e as dores’
depois seguiremos bem
Não questiono a minha imunidade, não entristeço por meu corpo ter debilitado, nem uso a doença pra me estabelecer na auto-piedade, estou bem.

Tenho comido com mais atenção, e sentido vontade de comer menos.
Tenho olhado mais que andado, pois nos dias de hoje, andar me faz parar, o caminho do sem destino, os pequenos abandonamentos de todo dia..
então paro e olho, pra mim, pra calçada, pra árvore, pros lados de cima.

Há mais ou menos 3 semanas comecei a perceber que meu corpo é uma grande referência pra mim, que acho ele bonito, potente, sensual. Vejo isso no espelho do meu banheiro, ainda não consigo perceber no provador da loja, mas vamos lá, talvez eu não esteja ainda entrando nos provadores certos!
Porque foi isso que comecei a reparar: que a minha beleza é distante da que é vendida na loja, da que passa na revista (anti)feminina,
e com outras belezas ela se encontra, festeja, se fortalece, mesmo que não sejam as mesmas que me habitam.
Quando caminho e meu corpo me sustenta, é lindo, é feminino, é vital!

Aprendi desaprendendo algumas coisas bem importantes sobre mim nestes tempos. (essa coisa de amar meu corpo uma delas).
Ajeito meu corpo aninhado no mundo e passo horas e horas nessa caverna de mim.
Arejo a janela, preciso molhar as plantas, e olhar de longe o que amo.

Do tempo que não é meu, sou de ter saudade..
mas vou andando, de tropeço, tombo ou estações perdidas,
na fé que nem uma faca tem, tem meu coração.

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