quarta-feira, 21 de agosto de 2013

lua desgarrada menina

As luas reviram-se, sangram-me cheias, vivam-me à míngua do amor, e reconhecem-me

o tempo da espera, da conduta, do olhar, do tempo
é aquele que a rede balança, vem sono, vai sono, livros, letras, paragens, precipícios.
o tempo do amor, então, é da escala do indizível, amadurece, anoitece, apodrece, amanhece, recomeçafinda.
Morro e nasço. Não sei mais onde começo, onde posso terminar.
Meu tempo enrugando a pele, aumentando a barriga.
E, ainda assim, não consigo apressar, só olhar.

Comovo-me com o que não foi, com o tudo de mim que não expressei.
Sentei-me, datilografei, fiz vida, pernas abertas e sangra-se filha. filha. filho.

Um dia não haverei mais. Como foi com a minha mãe.
Pra hoje, mesa que eu ainda hei de conquistar no bar
e um sonho, porque em tempo real não tem toda essa graça

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