sábado, 9 de abril de 2011

dos muitos títulos possíveis, gosto, entre outros mais confidenciais, do ESTOU DE VOLTA

Do que sinto não foi ao teatro comigo
nem à mesa do jantar.
Tudo bem,
mas não do que sinto.
Do que sinto, um pouco naquele presente,
mas nada no disfarce acompanhante
Do que sinto, ainda não comuniquei o desaparecimento
não soube que morreu, apesar não saber se ainda é
Do que sinto pode ser uma ilusão, fantasia, imaginação,
afinal, além de ir a filmes infantis, ainda gosto de sonhar!
Do que sinto, um pingo, respingo.
Eu não sentia mais sequer a brisa, ou a lembrança,
por isso quis tanto ir embora,
por isso fui. Eu queria do que sinto, e nunca mais encontrava ali

Do que sinto, não sei como tocar, como alcançar o céu que era meu espelho, como imaginar na rua.
Não tenho pressa, ok, pois agora vivo no meeeeu tempo. Às vezes tomo veneno pelos olhos e ouvidos e quero os passos dos sapatos que não são meus. Não servem. Eu tenho inveja porque na maior parte do ‘tempo’ é bom ser igual e não ter essa estranheza entre os olhos. Mas sei. não serve

Do que sinto anda como lhe serve,
mas recebe no coração o como me serve que é meu.

Do que sinto ainda não consigo tocar. Pois foram as miiiinhas paredes que descasquei, furei, cortei, quebrei, não as dele.
Sem o que sinto, não sinto. saudade. Não sinto vontade, parece um engano. Saio de saia para encontrar-me com uma ciranda, mas às vezes somente o mesmo, ainda que comedido.. menos do mesmo!

Por tempos andei assim, sem o que sinto. No lugar, uma mochila cortando o choro, pesada de conciliações e desejos não concedidos. Nada do que sinto dentro dela, espaço todo ocupado com o que devo.
Devia. não devo mais!
Basicamente, mantive somente o que era primordial. Basicamente, o básico.
uma bolsa, uma casa, uma vida.. com o que sinto dentro

um porta retrato imaginário conta a história do dia que o mundo foi criado para sentir aquilo tudo
hoje já tem celular, com mensagem, pré pago, pós pago, roubado, com internet, multifunções, fazendo interurbano até sem passar pela telefonista
mas tudo daquele mundo criado pra mim, que eu deixei cair sem querer na beirada de um quarto-e-sala é o que tento transmitir, o que visto quando quero me apaixonar, o que uso em volta do pescoço, como talismã!
Sei, joguei no cesto da roupa suja!
Sei, dei de volta pro mundo de todas as vontades
Sei. e não quero mesmo a posse de um objeto que seja gente,
e não gosto daquele gosto perdido que dá o esquecimento de dentro da gente

não fui embora,
fiz foi chegar.
estou é de volta!


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