segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vale do Pati



A força da perna às vezes está lá. Às vezes, na perna, só tem dor e incômodo. Mas pra seguir, essa parte a gente não conta. Sempre penso que o que não vira palavra dita ainda não é de todo verdade. Então não falo. Ou falo rindo, num tom acima do que pode ser aceito como preocupante. É esse o meu tempo, de frases curtas e bem construídas. Tem que ser rápido no olhar pra acompanhar, mas o sorriso dos que entendem gera uma cumplicidade bem legal.

Uma liberdade respeitosa com a natureza e mais ampla com os seres humanos. Expressões de voz e corpo em várias nacionalidades. Pouco culto ao corpo, uma onda que vibra em outra estação. Lama pelo corpo, alguns hematomas, cheiro ocre, roupas largas e agasalhos. E uma gentileza ao cruzar com outro, um afago na esperança do mundo. Rola grana mas rola um amor pelo trabalho mágico. E pessoas vindo de todos os cantos viver num Vale onde a energia é a natureza. A imagem é a beleza extasiante de uma queda d'água, o esforço físico é uma trilha, a morada se leva nas costas ou se encontra em comunidade.

Tudo aqui fala muito de amor, mesmo quando não é só isso. Gosto assim.

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