sábado, 24 de abril de 2010


Então ele perguntou: - ...

E só com o som da sua voz mergulhando no meu pensamento a instituição começou a se desmanchar. Foi caindo, desmoronando, ali, na minha frente. Num instante e por anos eu estive presa. No minuto seguinte à pergunta de olhos nos meus, não havia mais limitações, eu podia ser livre.

Selei o absurdo daquele momento com mais, decidi entre a dor e o silêncio num par-ou-ímpar. Jogo que só eu ganho, só eu perco, deu ímpar/você. Dei minha história pra você rasgar em duas partes, mas não te dando poder, tuas mãos eram minhas mãos, momento em que tudo ali, das xícaras de chá aos teus olhos eram eu.

Você, uma aparição de 6, 8 meses, ali desapareceu. Fósforo. Junto com as paredes descobertas, um ruído agradável dissipando-se. Você podia calar-se e ficar para sempre. Fez a pergunta, me libertou. Desinstalei-me da sombra, e o sol veio sozinho banhar-me. Nem saudade. O único benefício consumado, você me perguntou.

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