quarta-feira, 17 de março de 2010


O meu amor morreu.
Já teve vários nomes,
vários cheiros,
várias idades.
Mas o maior fascínio em todos eles era sempre o mesmo. todos possuíam o meu amor.
Enfeitados dele, eram brilhantes, alegres, embriagadores.

Por minha causa, amanheciam com mais sorte e num impulso vital, sentiam-se inexplicavelmente mais felizes. Não sabiam, nunca souberam - pois eu nunca disse - mas era o meu amor. a razão. ou melhor, a emoção.

Também não lhes tirei nada. Nada me deram de perto. À distância, inspiração. Não tinham culpa, eu afastava.

Agora, de novo, volto ao normal.

Aos 41, aos 19, aos 27, fui fazendo silêncio sem tocá-los. E assim, sem que entendessem tal oferenda, partiam.

O meu amor morreu.

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