sábado, 6 de março de 2010

Terminal da França - Lauro de Freitas

Vou morrer alguns dias nesse engarrafamento.
e outros - mais - na tua saudade.
Mesmo desistindo, fica a tua ideia. A paixão é um ícone, deslubrante para quem desmonta construções já tão tardias. E você é o meu símbolo da paixão. O jeito que o meu imaginário achou de sonhar sem tanta dificuldade, meu sentimento por ti já está pronto.
além do seu comando, vidas que não se tocam, dias dispersos, perdidos nesse desencontro.
Sei que tempo perdido é esse de alimentar o bicho. Que vira deusa, que se apaixona, que sufoca por querer demais o que não tem nas mãos.
não terá. por isso desisto. Como uma oração, dita todos os dias, quantas novenas forem preciso, desisto pelo infeliz mistério de não te dedicar mais amor, porque não é disso que agora eu preciso.
preciso de carne, um coração, beijos.
às vezes parece que só poderia vir assim de você. mas sinceramente sei que não é assim.

quanto mais estrada ando, mas sei disso. embora ainda não sinta.

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