segunda-feira, 30 de agosto de 2010

um amor assim



Eu vou fazer uma canção pra ela
Uma canção singela, brasileira
Para lançar depois do carnaval


ainda que a gente às vezes não consiga superar o silêncio,
gosto de saber o nome das pessoas que amo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Mais do que vontade, desejo.
Não tem endereço, é uma rua sem saída, e no final dela,
flores, ou desencanto. Depende de como se cuida do jardim
Já me disseram um par de vezes das muitas possibilidades da minha solidão no futuro. Algo como: ‘vai acabar sozinha desse jeito’.
E é mesmo possível. Depende de como cuidarei de mim. Do que queira, do que goste, do quanto de esforço farei para chegar ao(s) outro(s); e, é claro, de todas essas porções referentes aos demais.
Claro que pode ser uma agrura, uma praga, um desleixo, uma piada.
Claro que também pode ser verdade.
E, tão evidentemente claro como a vida, pode ser amor.

terça-feira, 24 de agosto de 2010



O momento de ficar
Sem muita observação ou pesar
Ficar
Sem culpa, sem maldição, sem eternidade
Ficar só, ficar com o filho
Aquietar-se, quando se quer a quietude
Sair, quando se quer o sabor da rua, da lua, da luz

Ficar,
Não por outros
E nem porque outros me querem em outro lugar
Ficar pela minha vontade,
pelo meu desejo, ficar.

Olhar coisas, gravuras, ideias, cores
Olhar por perto, por onde esteve nos últimos 10 anos e nunca – ou quase, ou há muito – não se reparava
Ficar sem estagnar-se
Ficar na boa, de boa, organizando e planejando o movimento
Sonhando com o vôo, inspirando-se como ontem, vendo UP!

Ficar, por dentro.
Sem penúria, ou pieguice, ficar por si mesma!
Porque nem todas as cores foram à festa
E o coração permite poucos passos, sem flechas, só o não-ir por opção

Fiquei, porque quis!
Porque agora não quero mais fazer o que não quero fazer
Porque chega uma hora, talvez aos 41-42 anos, que basta.. é uma boa hora pra fazer o que der vontade
Mesmo que eu não consiga toda a mobília do jeito que gostaria,
Uma rede, um banco de madeira na varanda, uma mesa no quintal e um chuveiro ao ar livre
O ar todo livre para o meu deleite, a rede balançando com o meu sorriso, no banco consertarei os meus defeitos e as minhas verdades e o café no quintal tem sabor alegre!

domingo, 22 de agosto de 2010

em silêncio, uma batalha..


Perdida
Lá onde só os bobos se encontram
Você queria alguém mais domesticada que eu
Eu queria alguém mais selvagem que você
Por isso é preciso despedir-se
Matar o monstro
Dizer adeus.

Mas parece tão tarde, penso
Tão improvável a outra selva, lá de fora
- Ou sou eu a inadequada?!
Tum-tum.. ninguém responde
Afora o silêncio, esse absurdo desfecho de coisas que não terminam
Minhas estórias cortadas em retalhos, com costuras mal-feitas

Uma casa na praia de todos os tempos,
Um dia pra finalmente descansar de tantos incômodos, querer alma e coração, o meu e o do outro
E, para além de sonhar, agora penso que poderia ter
Uma casa onde alojar meus sonhos,
Guardá-los expostos nas paredes, no teto do sonhador

Atrevimento! Mas eu avisei que queria alguém mais selvagem..

terça-feira, 17 de agosto de 2010

NA BEIRADA DA FÉ





Eu acredito! E sonho para que seja poeticamente provado!

domingo, 15 de agosto de 2010


Atravessar agosto (o mês)
Atravessar canais (Mancha, como em Welcome)
Atravessar pontes (Madison, em nome do amor)
Atravessar a vida e aprender algo durante
Atravessar a solidão
Atravessar o fim, e ingressar assim no novo começo
Atravessar a saudade (mãe), e, convivendo, ser de novo apto ao amor, todos os amores existentes no mundo, ok?!

O jogo da travessia: tantos filmes (Welcome, de novo), tanto querer, tanta dor, tanto amor, e há que ter o time certeiro pro tamanho do passo, pra altura do pulo, pra distância do olhar, pra coberta no frio, pro alimento da fome que sentes.

Hoje estou cansada para sonhar com alturas, meus pés machucados de tentar alcançar o chão, a boca seca sem as palavras certas, ou erradas, de outro modo. É tanta coisa que encontro e ouço e vejo, mas às vezes as sinapses simplesmente não acontecem de modo palpável, ou compreensível. Enfim, estou só.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crenças!


eu só acredito no que é provado poeticamente
não há meia dúzia de canecas, mas formatos diferentes, cores diferentes, algo que me atrai a uma delas: a minha caneca!
o suco tem a cor do seu colete, um amarelo gostoso, pêssego líquido e gelado, cobertura colorida para o teu corpo

não sei ver os detalhes sem poesia
e a vida não existe sem os detalhes
então, por isso, estou me sentindo na obrigação das conclusões loucas, nada concretas.. acredito em tudo que me faça suspirar
começo a acreditar que a minha casa pode suspirar pra mim
eu a receberei com um sorriso, pintarei suas paredes com cores da cor de um sorriso, redes comunicando-se com o vento, lugar para receber os amigos, espaço livre, para as pessoas circularem
teremos espaço
teremos luz
teremos terra viva
uma alegria circulando pelos espaços vivos,

Teremos vida!