terça-feira, 27 de março de 2018

voltar



Voltar pra morar num cheiro.
Também morar numa música, letra, canção.
Voltar a viver no amor, abraço, beijo.

Nos últimos anos eu construí prédios e estrelas, mas desacreditei do amor.
Me enganei no conteúdo deturpado, imagem ludibriosa;
eu, que sempre acreditei no amor e em duendes,
me deixei enganar pelo jogo falso, achar que o amor era aparência, era a sedução belicosa de uma noite, era caça, busca sedenta e sôfrega de qualquer pessoa, um homem, um pau, era um amor.
E, bem, como eu não corro atrás de pau, não uso salto para me apresentar para consumo, não suborno minha vaidade para virar produto, achava que o amor não era mais pra mim.

Não é isso, pois não é assim.
Agora que voltei, quero olhar e ser vista.
O amor se atrai, o amor me atrai.
O mal que me foi feito, caiu a última pétala, acordei sabendo de volta o que é amor.

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