sábado, 5 de setembro de 2015

na fogueira




Eu amanheço com o desejo do dia que começa

(- já disse pra não olhar pra esse aparelho que emite imagens retroativas!)

Eu vi.
Eu sou.
Sobrevivo a golpes escrotos, entre a minha imaginação e a realidade dos dias
Fico me perguntado que traçado doido é esse, linha imaginária que dias borda, dias desfaz os enchimentos vermelhos do meu coração
Tudo parece uma grande cura desde então
Quanto então e cura ainda suportarei entre rasgos & remendos?!


Entre o fogo de folhas secas antigas, e o sangue que sai de mim, cavo poesia no túmulo da natureza. Enterro assim as letras modificadas do amor.
Sairá mais sangue, com certeza. Folhas no caminho, talvez. Preciso que continue diferente. Preciso de um mundo novo, redesenhado por mim e a minha fogueira de cinzas, sangue e folhas.

Que algo se processe. Que eu queime junto. Que eu queime sempre.



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