terça-feira, 28 de julho de 2015

Ainda que em silêncio, não há sigilo.
Sigo buscando remendos.
Diaadia, entre rua, banhos e cantadas, estou a me cerzir, coração e vestido.
Uma veste que me deixe confortável na vida,
um amor que me coloque pra dormir em paz.

O mundo cabe num brechó, raramente o que me encanta espera-me num grande magazine.
No buteco, aquele trago é que me galanteia esperança, voltar a sorrir.
Passar e sorrir!

Assim é que, de volta pra casa (como sempre pareço estar), percebo, quando o sinal me pede calma, que cada uma dessas horas em que penso tantas coisas & pessoas, é na verdade a costura de mim novamente, linhas tiradas do movimento, rasgos do tempo me cozendo.
Retalhos, meu amor, nem colcha nem nudez..
costuro em mim a promessa de que um dia não precisarei de mais nada de novo, tudo aqui já está, entre eu e você.

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