terça-feira, 14 de abril de 2015

rotina


De manhã tomo café. E algo no ar está diferente. Desde ontem.
Estou parada, mas sei que há movimento.
Em mim se processa o passado, o tempo, a saudade, o medo, a beleza, o silêncio, o amor.

Ontem não deu pra fazer mercado. Voltei pra casa e fiquei parada, escutando o mundo que me chegava por sensações.
Li coisa ou outra, senti o tempo nas horas que avançavam, madrugada.

Vou guardar as caixas, as cores dentro das caixas, as letras dentro das cores.
Guardar não é esquecer, mas acomodar longe do tumulto, descansar.. não preciso mais correr, não preciso mais chorar.

No seu tempo, precioso em compreensões, o corpo volta a respirar.
Sente o ar vibrando, sente a potência da vida.

À noite eu sinto fome. Algo no ar me dispersa.
Acho que são os pensamentos reforçando tudo o que eu não sei, tanta coisa assim.

Um banho, uma reza, um cheiro.. a vida segue, dentro de mim também.


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