quarta-feira, 19 de novembro de 2014

nas ondas .................. entre o porto da barra e a casa de iemanjá, no rio vermelho


Meu corpo tem cicatrizes bonitas,
sequelas importantes,
do tempo do amor.

Costuras de poesia na pele, como os bordados que tento aprender.
Os fios coloridos, linhas que escolhi, como os filetes de sangue passeando nas minhas veias,
oxigenando-me,
enquanto respiro e sopro para fora o que não me pertence.

É lindo, mas não é meu.

Fiquei gravada pelo tempo, e, depurando os modelos, posso olhar para a alegria,
a vitalidade,
a vontade pulsante,
essas coisas geniais que me encontram quando sinto.. amor.

A melhor transgressão!
Vincular o corpo ao sentimento,
alma voltando pra casa.

Andarilho do meu profundo,
em mergulho éramos abraço,
aos tragos fomos conhecimento,
movimento de esgotar, saciar, e querer, querer.. amor.

Tenho a mim e ele marcado com os dias em que não houve mapa, calendário, roteiro.
Achei recentemente as fotos internas, me reconciliei com as marcas.
Fico feliz por não ser a mesma, sempre a mesma.
O amor me faz bem

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