terça-feira, 3 de setembro de 2013

cozinha

Os cheiros não pedem perdão.
No meu corpo, procuram às vistas.
Não sentem, não há.

Saudade ressonando
Casa no mar do Pecém
Filho na barriga, antes do mundo
Rosa que minha mãe gostava

Me espera!
Onde não pareço é que sou.
A sina de enganar, de mentir, de esconder
O custo de ir pro lado que o coração não autorizou.
Cumprido o contrato pelas letras miúdas.
Sou menor.

Não aprendo gente grande infância nenhuma.
O prazo avançando, o tempo inexistindo, e eu ali..
na beira sem cair,
no sal sem ser mar,
flutuando sem voar,
molhando sem correr pro rio

A filha que esqueceu de te chamar de mãe
Toda água, minando, segurando o jorro com a violência da palavra mal-dita.
Abecedário incoerente. Farpas de interpretação,
falhas de cognição.

Não faço. Não sinto. Não sou.
Essa sou eu.



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