segunda-feira, 6 de maio de 2013

não sou caça


(da Ana, da maison)







Comprei uma mesa no bar.

Primeiro eu era muito muito solitária e o isolamento me vestia
Depois comecei a ficar saidinha, saia curta e sorriso besta
Aí saí cantarolando, passeando, me vivendo, me achando
Até o dia em que comprei a mesa que já falei!

Vieram umas pessoas. Amigos. Fiquei de cara em conhecer esse tipo tão especial de gente: os amigos!
Depois, uma vez uma cadeira vazia, outros tipos. Amigos dos amigos que eram amigos também!
Botei toalha de chita colorida, bancos junto às cadeiras. Fui sendo..

Mas fui sendo cada vez mais eu. De outros lugares de mim, mais de mim.
Chinelos, cabelos, olhares. Gosto mais de abraçar os corações.
E chegou a brincadeira da poesia, e do amor que nasce aqui!
Toco então quem quero, pego a mochila e volto pra casa
Às vezes não é pra ser muito, e nem naquela hora.. às vezes é só pra olhar um pouco e ir embora.

Comprei uma mesa no bar.
Mas faz tempo que não vou lá..

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