terça-feira, 2 de abril de 2013
dois confetes - chãos
Sou
Eu sou
Um caso passageiro
Um meandro
Um sujeito.
Alguém
Um efeito passageiro
Uma lua
Uma sujeita
Ninguém mesmo.
Uma sugestão
Um placebo homeopático (ou alopata, a depender do paciente)
Um desconforto rápido
Um fetiche
Uma ilusão
Uma aventura
Assim na terra, como no fogo. Assim sou, como você.
Uma dúvida
Uma implicância, impaciência
e para depois um esquecimento.
Um sonho
um delírio um deja vu
Un secret
Un poème
Um bicho mal fadado à solidão
animal desacompanhado, desapercebido,
estranho, de tão comum.
Incapacitado como uma pata ferida
doente, queimando os ossos e os dentes sem refúgio ou progresso. Desordem no quarto, sou o prumo do que não sou.
Não sei se me resta tempo ou experiência, ando impaciente. De tantos objetos esqueci: relógio, cabelos curtos, sapatos novos.
De outro modo, ainda me tento. Umas minhas, da infância à outra criança. Amanheço para aprender e me ensina quem me joga para fora da estrada. Sei vagar, talvez não saiba mesmo é ser.
E ando velha, escorregando no passado.
E ando louca, sonhando ser.
Grifando na poesia, gravando na parede, cravando delírios nas costas alheias.
Sou passageira, amigo, passageira
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