domingo, 12 de junho de 2011

eu acredito em poesa



O amor engole aos pedaços
as trilhas e veias,
vigas e areia,
do meu coração.

Não rasga miudinho, fingindo doçura ou sensatez.
Pega aos nacos, morde e não devolve
.. eu que arrume outro!

O amor regenera minhas células, reinicia minha história: finaliza, continua, providencia.
Depois de me estragar/devorar, sai vestido de vermelho-coração pelas ruas mais poéticas que encontra.
Vai pintando com as cores que eram minhas as calçadas e as pessoas que dançam nelas.
Por isso estou feliz! Amor não esgota, espalha. Não reprime, explode. Não escolhe, premia.

E essa minha preguiça de conhecer tudo, e beijar todos, deve ser porque o bicho morador e engolidor de mim rosna no meu ouvido, cheio de malícia e cadência, que o meu é meu e me encontrará em qualquer pedaço de chão que eu esteja, a qualquer hora do dia. Não espero, vivo. E amo viver aqui, do meu jeito assim.

Se é pra ser engolida, que seja pelo amor.

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