quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

No ponto de ônibus

O amor corta em navalha. Como urtiga no mato, se confunde e não sabe a hora de parar.
A hora de bastar porque senão machuca.
O princípio foi amor. Mas da boca deles só palavras duras, o olhar de guerra, o sorriso irônico. Mútuo. Ele a conduz até aqui, num percurso que antes era de pétalas (minhas referências). E, quando chega, desfere golpes com agressividade de inimigo.

É mais difícil entender o fim que o começo. O perdão dito em cada detalhe que precisa ser tocado, na separação. Toco na dor devagar, porque queria que não fosse dor. Não queria machucar-nos.
Então eu vou. E trato dos machucados na medida que eles forem cortando a pele.. como navalha, no amor.

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