terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Manual dos gostos

Gosto de não saber,e de que não saibam ao certo. Gosto da dúvida, e de duvidar por si. Não gosto de falar de saudade, acho que tenho vergonha. Mas de escrevê-la eu gosto. Quando sinto, é bom saber dela, localizar sentimentos no mapeamento dos meus registros. Gosto de você. Da cor da pele, dos cachos do cabelo. Gosto da nossa ideia, e de estar ao teu lado. Gosto das possibilidades, e de duvidar delas também. Gosto de inserir amor em qualquer assunto, de culinária a saúde. Gosto de barcos coloridos, roupas coloridas, sorriso no teu rosto. Gosto do teu beijo se esalhando pelo meu corpo. Porque beijo pode ser mais que abraço, porque vai por dentro. Sinto beijo no estômago, nas coxas, no pescoço. Isto é, apaixonada. Gosto das mensagens subliminares, e de saber que, em outra extremidade, há sorriso. Não gozo na culpa nem no sacrifício. Pernas abertas para o contentamento de falar o que se pensa, e de ser meigo quando apaixonado. Habito no silêncio com o conforto de quem sempre esteve lá. Agora já sei me vestir e ir pra festa, teu olhar no meu. Gosto de cinema com gosto francês e um café de gestos suaves depois. Gosto de perguntar e se confiar, posso responder. Uma profusão de gostos que vou recordando e descobrindo, enquanto gosto de ti

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

titubeando

o amor decorre de outro entendimento
sem lógica, sem prazos
um tolo fascinante, que se despista quando quer em outras palavras
tímido para declarar-se,
disfarça em saia colorida e rede na varanda

antes, durante e agora
brincando com o tempo que o tempo anda brincando comigo
me fazendo contar mais do que eu preciso,
de tijolos a idade

pois enquanto eu respiro a alegria
você dorme o silêncio


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

maruja

construo um barco vermelho azul e amarelo.
dessa forma, só quem tem cores nos olhos vai querer arriscar-se nessa maresia

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

* sessão *

Estória de silêncio emprestado,
de arrumação pra festa.
Corpo tocado aos poucos,
no reconhecimento aos pedaços.
Entre alma e pele, tela.
Nunca toco somente o presente quando vou ao cinema,
defeito de criação.

E defeitos são a minha maior vantagem!



sábado, 17 de dezembro de 2011

passa o tempo, esquecimento não chega

me dê um café, um motivo, um abraço

noite de treva me intimando riscos
medo de perder tudo, até o que não está ao alcance do alheio

pois os fantasmas não escolhem rostos nem tempo,
aparecem

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

13 de dezembro



dedos tortos, unhas rotas, tudo parece desvio nessa rota

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

meu jardim

Um querer de pernas, cachos de cabelo e coração.


Do jeito que estava no sonho, absurdamente real para quem dorme.

e quando não era nada, já era ........ pra depois de ser, ainda não se saber.


Espalhado por várias vontades, sorvetes e bocejos de sorriso.


Um olhar de dentes expostos e sobrancelhas delicadamente arrumadas.


Secrets virando conversa besta no café da madrugada. (o melhor jeito que sou é sendo tola!)




Eu caio. Mas você cai primeiro. E no chão vou ensinar você a beijar do jeito que só eu sei. Porque amor que não balança essas verdades não tem graça