domingo, 28 de fevereiro de 2010

Andar faz a gente descansar a alma
Desativar o controle do tempo
Acalmar a fúria do medo

Rio Vermelho, nuvens, areia da praia do Pecém, Paris, até o ponto do ônibus..
Vamos andar?!



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

para que você saiba que não foi a primeira vez que isso aconteceu: um amor desprezado

Meu amor não dorme o 1º sono se não for nos teus braços.
Meu amor insone, com saudades tuas.

Dentro de uma carta, ele. Sem a rota para o destinatário. Meu amor devolvido.

Desisto.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


Perdida
Lá onde só os bobos se encontram
Você queria alguém mais domesticada que eu
Eu queria alguém mais selvagem que você
Por isso é preciso despedir-se
Matar o monstro
Dizer adeus.

Mas parece tão tarde, penso
Tão improvável a outra selva, lá de fora
- Ou sou eu a inadequada?!
Tum-tum.. ninguém responde
Afora o silêncio, esse absurdo desfecho de coisas que não terminam
Minhas estórias cortadas em retalhos, com costuras mal-feitas

Uma casa na praia de todos os tempos,
Um dia pra finalmente descansar de tantos incômodos, querer alma e coração, o meu e o do outro
E, para além de sonhar, agora penso que poderia ter
Uma casa onde alojar meus sonhos,
Guardá-los expostos nas paredes, no teto do sonhador

Atrevimento! Mas eu avisei que queria alguém mais selvagem..

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

a foto que se faz com a lembrança

escrever imagem.
não sabia desenhar, e tão perto das letras
queria trazer a foto através das palavras.

para, mesmo sem nunca mais poder um registro,
tê-lo aqui no papel.

sua postura, sua camisa, seu andar, seu olhar.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



A textura da pele das pessoas que amamos muito é sagrada, de tão bela!
é poesia,
é voltar pra casa,
é xícara de café colorida,
é paz, é doçura, é o chocolate da Aninha.
é benção, é alento, presença, companhia para os sonhos.

A simples lembrança de tê-la tocado é boa noite para a minha estadia.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010



Sei pouco
E nunca quis saber muito
Me agradavam os detalhes
Objetos sem conteúdo ou utilidade
A diversão está no carro estacionado no posto, coração aos berros, cerveja na mão, olhos fixos, rosto tenso, poucas palavras ainda, medo e desejo.
Depois que passa, tudo que sei é que era vermelho.. não tenho a placa, os rumores nem a procedência
Sei que ama o mar, mas não que praia freqüenta.
Sei o bairro, mas por referência poética, não pelo nome da rua.
Sei o aniversário para passar o dia feliz em intenção, não porque vou à festa.
Questionada porque a paixão não chegou ao corpo, ainda não tenho resposta.
Mas minhas pernas te buscarão assim que novo fósforo for aceso.
E mesmo não tua, serei.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


O que fazer, quando não há registros físicos para cada simplória recordação que tenho sua?

- você me contava uma história, eu contida naquelas palavras, e determinada pela sua boca

Porque, Silvana, tamanha memória para tão débeis acontecimentos?!