domingo, 15 de agosto de 2010


Atravessar agosto (o mês)
Atravessar canais (Mancha, como em Welcome)
Atravessar pontes (Madison, em nome do amor)
Atravessar a vida e aprender algo durante
Atravessar a solidão
Atravessar o fim, e ingressar assim no novo começo
Atravessar a saudade (mãe), e, convivendo, ser de novo apto ao amor, todos os amores existentes no mundo, ok?!

O jogo da travessia: tantos filmes (Welcome, de novo), tanto querer, tanta dor, tanto amor, e há que ter o time certeiro pro tamanho do passo, pra altura do pulo, pra distância do olhar, pra coberta no frio, pro alimento da fome que sentes.

Hoje estou cansada para sonhar com alturas, meus pés machucados de tentar alcançar o chão, a boca seca sem as palavras certas, ou erradas, de outro modo. É tanta coisa que encontro e ouço e vejo, mas às vezes as sinapses simplesmente não acontecem de modo palpável, ou compreensível. Enfim, estou só.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crenças!


eu só acredito no que é provado poeticamente
não há meia dúzia de canecas, mas formatos diferentes, cores diferentes, algo que me atrai a uma delas: a minha caneca!
o suco tem a cor do seu colete, um amarelo gostoso, pêssego líquido e gelado, cobertura colorida para o teu corpo

não sei ver os detalhes sem poesia
e a vida não existe sem os detalhes
então, por isso, estou me sentindo na obrigação das conclusões loucas, nada concretas.. acredito em tudo que me faça suspirar
começo a acreditar que a minha casa pode suspirar pra mim
eu a receberei com um sorriso, pintarei suas paredes com cores da cor de um sorriso, redes comunicando-se com o vento, lugar para receber os amigos, espaço livre, para as pessoas circularem
teremos espaço
teremos luz
teremos terra viva
uma alegria circulando pelos espaços vivos,

Teremos vida!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


O Vale do Pati é um lugar para várias vezes! Pois são vários os passos, e cachoeiras, e cores, e emoções, e cheiros, e pessoas. Várias trilhas, e nomes, e sonhos. Vários projetos, e promessas, e desafios.

Não se vai uma vez só para o Pati e basta! É lugar para marcar o retorno desmedidamente, ainda que a correria da 'babilônia' te faça esquecer do que é naturalmente bom.
Está marcado, retornaremos! Registramos vontade nas pedras, galhos, subidas e descidas, na argila, córregos e cachoeiras. Na brisa, na neblina, no sol. Com seu João, o cabôco Alex e sua filha Maya, o cabôco Volverine, Thiago, Silvia, e todos os gringos e gringas e pessoas loucas, e a Maria e o Pedro, e todos os recheados de esperança que encontramos por lá.

Marcamos também com nós mesmas, e não podemos faltar!

sábado, 7 de agosto de 2010

Se a dor te aflige, faz dela um poema.
Eça de Queirós

Mais nada, né?!
Fantástico!
Mas gosto também que leiam o post anterior.. hehe..

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Em obra, mas - em tempo -, milagres



Ainda assim, se encontraram.
Mesmo um vivo,
o outro morto.
Um dormindo,
o outro acordado.
Mesmo um feliz,
o outro nem tanto.

Mas um queria,
o outro também!
Não era algo que dissessem ou pensassem,
era matéria dos sonhos.
Um encontro inadvertidamente marcado ao acaso,
nem eles mesmo sabiam a força premida naqueles gestos que nunca fizeram.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

uma pausa dos registros do Vale para um POEMINHA DE PLANTÃO



Há dias que te procuro.
Na rua, nos carros, nos outros.
Te encontro na memória, em antigas lembranças que eu nem esperava mais ter.

Descubro que te quero, pelo tempo de um beijo ou uma xícara de chá.
Que quero teu sorriso na minha vida,
tua voz para minha pertinência,
teu olhar pra varrer meus pés do chão.
Que penso em ti como no futuro. Que sonho contigo como quando sonho com a felicidade.

Nesses dias, que tanto te procuro e tão pouco sólido te encontro,
bebo uma saudade cheia de desejo,
uma vontade sem consentimento e sem compreensão.

E esse tempo que não cumpre a promessa do esquecimento?!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vale do Pati



A força da perna às vezes está lá. Às vezes, na perna, só tem dor e incômodo. Mas pra seguir, essa parte a gente não conta. Sempre penso que o que não vira palavra dita ainda não é de todo verdade. Então não falo. Ou falo rindo, num tom acima do que pode ser aceito como preocupante. É esse o meu tempo, de frases curtas e bem construídas. Tem que ser rápido no olhar pra acompanhar, mas o sorriso dos que entendem gera uma cumplicidade bem legal.

Uma liberdade respeitosa com a natureza e mais ampla com os seres humanos. Expressões de voz e corpo em várias nacionalidades. Pouco culto ao corpo, uma onda que vibra em outra estação. Lama pelo corpo, alguns hematomas, cheiro ocre, roupas largas e agasalhos. E uma gentileza ao cruzar com outro, um afago na esperança do mundo. Rola grana mas rola um amor pelo trabalho mágico. E pessoas vindo de todos os cantos viver num Vale onde a energia é a natureza. A imagem é a beleza extasiante de uma queda d'água, o esforço físico é uma trilha, a morada se leva nas costas ou se encontra em comunidade.

Tudo aqui fala muito de amor, mesmo quando não é só isso. Gosto assim.