quarta-feira, 1 de junho de 2016

entre rua e água


Abre-se a fenda
Dias e dias e dias em 4 dias
Enternecimento e sustos do mundo das naturezas
Voltar para o chão nunca me doeu tantos
Memórias passadas, saudades lancinantes, tantos presentes tristes a se viver, enquanto a Natureza é.

Fecha-se a fenda.
Sou outra.
Menos sábia, mais tocada, mais magoada, menos vivida, mais solitária.
Mais eu
O instante em que não quero mais ficar e não tenho ainda pra onde voltar.
Aí que sorrio e o choro lava meus olhos, pacientemente.

(meus olhos ardem te procurando)

Nem quero bebida, pois tentar esquecer vai me fazer lembrar.
Não uso bebida para corrigir a memória, mas como companhia agradável de uma solidão da pele e do coração.

Gente é perigoso.
Viver é perigoso.
Amar, então, é ofensivo e suicida.
Eu não tenho noção da força que tenho.
Preferia estar só.

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