segunda-feira, 10 de outubro de 2011

provisões


Um traço só.

Sem que qualquer uma de mim entenda,
sem passar antes por excesso, letras ou bebida.
Acordo pra tomar café, de roupão e chuva fina, e, antes da rua ou de qualquer guarda-chuva que me absorva: você.
Sou pessoa de sempre guardar um você no meu coração.
Sou daquelas que coleciona miniaturas e pedacinhos miúdos de convivência. (só os doces, coloridos, e redondos não estragam no tempo)
Assim, amar é iludir-se e progredir do máximo para o mínimo. E separar-se parece ser amar mais.
Cobrei os crimes cometidos, nunca soube usar talião. Matei a fome ingerindo liberdade. Mastigo agora sem sofreguidão, pois nada me será usurpado no meio da noite, ou me será sordidamente e mal ocultado no início da manhã.
Quase não tenho passado, de tanto que ele volta pr'aqui, pr'agora.

Mas perdi nessa caminhada os pés que andam pra trás. Não volto pra onde não fui feliz. E essa flor, que te ofereço agora, tanto petala o amor, como acompanha o sepultamento dos dias sem alegria que arrastei junto de ti.

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