terça-feira, 22 de março de 2011

assim mesmo



Uma boca de pensamentos roliços espera por mim. Me impele à sede, ao pote. Não sei o caminho. Não sei a aparência. Não me lembro de ter medo assim.

Medo de possuir. Depois de perder. Medo de largar. E depois de me arrepender. Medo de ser livre, e de não saber ser mais.

Não sei quantos olhares precisarei para desencardir o desejo. De um baú cansado, desembolar roupas perdidas de querer libertário, como as que eu usava antes. "não tenho mais 20 anos". É o som do que eu escuto, sem autocomiseração, antes uma virtude que não quer ceder.

Às vezes não me importo com o tempo.
Quando me apaixono, sou jovem.
Quando tenho muito medo, sou velha.
Mas eu gosto mesmo é de ser eu mesma, é no que eu acredito

3 comentários: