terça-feira, 20 de julho de 2010


Primeiro ela era uma casa do tipo 'tudo-que-eu-sonhava'!
Depois, tive medo dela
Era uma casa grande, uma casa cheia de estórias. Uma casa que, para ser abraçada, tinha que ter um coração grande.
É uma casa com personalidade. E estilo. Não quero com isso dizer que seja prepotente ou arrogante. Mas que tem seus segredos, e seu tempo de revelar-se. Ela é. E como acontece com filhos, a escolha é mútua. Ela também me escolheu! Não envolve só grana, mas também determinação.

Pra mim, foi como a onda gigante dos meus sonhos recorrentes. Assustadora, mas inevitável do ponto de onde eu estava. Diante dela, eu tinha que percebê-la, encará-la, mergulhar nela.

Nela cabe tudo. Cabe tanto que eu me perco. E volto, primeiro encolhida, pra me questionar se posso tanto, se mereço tanto. Aos poucos - e aos meses - desenrolo a espinha, e sinto meus pés no chão: a casa é minha, pronto!
Claro que, em minhas mãos eretas, uma geleia de sentimentos; mas, pão a pão, o pote já meiou. Quem sabe um dia acaba e eu o substituo pela única cor possível, vermelho-coração?!

Um comentário:

  1. Minha flô,
    Essa casa já é tão sua, que até eu já me sinto dentro dela, me deleitando com o cheiro das amendoeiras do Rio Vermelho, descobrindo alguma viuvinha (insetinho fofo que até hoje só vi no nordeste) e amando estar aí com você. Mas, antes disso, terei você aqui, perambulando e tomando café, vinho e gaseosa de pomelo comigo, jeje! Buenos Aires te aguarda, e eu já tô vendo a sua mala transportando alguns badulaques lindos daqui pra decorar a sua casa aí, hehe!
    Bjs

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