terça-feira, 9 de maio de 2017
Direção do Tempo
Não tivemos tempo de colher as limas - pensei, ao ver as frutas no chão.
nem de irmos juntas ao Capão
Não tivemos tempo de mais banhos de mar
de mais aniversários, de mais danças
por fim, não tive Tempo de, vivendo no Amor, deixar de te amar
quinta-feira, 20 de abril de 2017
coisas escritas dos dias sentidos
Minha fome de mais começa no fim da tarde,
e seca inapetente às 23h+-
Eu pensava que era falta da outra,
até descansar e desconfiar de mais.
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Meu pai disse que andava pela rua pra não falar com quem passava na calçada.
disse pra se responsabilizar por sua solidão.
Estava triste, e eu achando bonito esse refletir da vida
Eu soube da nossa parecência ali, embora já suspeitasse
ele disse que eu não, que eu tinha pessoas.
Eu tenho mesmo, mas cavuco a terra à distância de ser só eu
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Considero que pela 1ª vez na vida tenho cabelos grandes
a Talula diz que lembra que eu já tive.
Eu vi fotos.
me intriga essa discordância de imagens
Acho que agora sou mais eu do que era antes
quarta-feira, 5 de abril de 2017
A Geleia
A fruta da paixão é amarela
Mas eu prefiro geleias vermelhas
E fico - geralmente sozinha - imaginando o caminho percorrido até chegar aqui.
Por onde passou, quem beijou, que belezas viu.
Desorganizo rapidinho para tocar em emoções adormecidas, fios soltos do amor.
Chegar sorrindo melhora o dia.
E, sim, eu preciso de dias melhores.
Os caminhos da minha poesia são bem estreitos e tortinhos, bifurcam-se com a vida aqui fora e não há voz nem peito pra explicar.
No sexo às vezes a poesia é melhor dita que ao pé do ouvido. Buceta desdobra sutilezas em suas múltiplas terminações.. nervosas, sensíveis, potentes
Já na vida, no movimento da rua ou do bar, silêncio tem sido minha voz.
É tão bom beber silêncio com poesia, tão bom ouvir a canção que vem dali, de ti, de mim.
Imagino o verso que deitaremos, a roupa que usaremos, a vida que nunca teremos.
A paixão sangra, é vermelha!
quinta-feira, 30 de março de 2017
Agonis fragans
Amanheço em palavras e sonhos
Qual a idade do meu amor?
Ele é antigo, desatualizado
me escapa enquanto vivo,
me confunde quando sonho.
Na calçada, sentado, encostado na parede
você não quer ser visto
mas está lá.
Parece experiência agendada
"o que de mim aparece"
esconde-se tão mal que o faz na frente de casa
o que é preciso ser deixado na água
Para que ela possa levar-te e trazer-me de novo
sexta-feira, 24 de março de 2017
teimosia, mesmo ba(i)rro do amor
ah, ainda agora eu tento convencer meu coração a parar de bater
por você
(de um poema que conheci no siará: "coração é bicho difícil de esquecer")
quarta-feira, 22 de março de 2017
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