sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

mais as outras duas


tão mais poeta. Tão mais humano que eu.
tão mais profundo. Tão mais íntegro com cada tempo, cada sentimento, cada palavra.. dita, escrita ou sentida.

Tenho vontade de dizer meses e dias e horas de mim sem você. nós inexistentes. Pra mostrar onde você estava em cada poesia que escrevi.




Há tempos.

Pessoas entram na minha vida por janelas que abri exatamente à espera delas. Tão importantes se fazem, tanta felicidade me trazem, que quando me deixam, preciso me reorientar como depois de uma queda feia, daquelas que se quebram os ossos, perdem-se os dentes, chora-se na dor que demora a passar.

Volto a passear, ossos remendados, dedos e dentes colados. A praça faz uma passagem clara; no banco, sentada, a saudade do tempo no mais profundo, a pele.








Seguro minha existência tentando preservá-la no que sou. Voltando pela sombra (da calçada), sonho em como seria mais divertida, mais emocionante, mais frisson e cheiros, se eu não fosse como sou. (se eu não fosse eu, seria mais feliz?!) Nossas conversas gotejam um isolamento genérico, e, para mais além, sou esse tempo sem companhia, que boia no mar calmo da Rainha sem companhia, que afunda nas águas doces afogando o jeito fácil de conviver, te ser tocada, um beijo.
Não tenho forças para querer além de mim. É a minha salvação, e a minha solidão. Sustento-me nos meus silêncios.






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O caminho é não lembrar tanto, até não lembrar mais. E de repente esquecer.

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