segunda-feira, 26 de junho de 2017
a noite
Hoje eu quero dormir mais sozinha.
Pro lado de fora do quarto, expectativas alheias, vitimismo forçado socialmente.
Fecho a porta do meu quarto; do que tenho, quero ficar só.
Fiz algumas pazes, me reconciliei com mistérios, abrandei ressentimentos, amenizei os adeus.
Aceitei as partidas, ensejo-me inteira.
Durmo só, inteira. O pensamento não está lá, o afago está aqui.
Imagino, num lugar distante, quiçá outro mundo, um marinheiro repousando no mar, no movimento que o mar traz aos sentimentos.
Sou eu. Sou ele.
Aceito minha fé, desconhecida do rumo, do sujeito, do paradeiro.
É quem sou. Gosto de ser quem sou.
Deito em cada dia que quer adormecer ao meu lado, no silêncio, velha e louca.
Venho de longe, e ainda demoro a chegar.
Me distraio em meus tropeços, uso álcool também por isso, distração, amor e fuga.
Sei que há o meu caminho, e ele tem água.
Desenhei barco no corpo para que eu tenha condução em mim;
e folha para balançar na terra também, não ser tudo sempre uma coisa só.
Sou mais que uma coisa só.
Aceito partidas.
Ensejo-me inteira.
Aguardo chegadas.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
lembre - se..
teu cheiro na tua roupa que virou minha roupa secreta sagrada
teu cheiro que virou meu cheiro,
eu sem querer lavar,
pra não levar de vez a lembrança do paladar -
- tua boca no meu beijo que fica procurando pra quem todo esse amor que tem
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Flores
(Pra ela. E ela)
Caminhava em frente, pra chegar ali, quando fui surpreendida, meus passos se desviando, ao tempo em que eu já sabia que não iria mais em frente.
É quando encontro ela. E ela.
É no desvio que aparece o amor.
Espalha-se a sorte, a palavra, o abraço, a cor do vestido, as mãos que balançam ideias;
ali, na minha frente, tão bonita.
tão bonita.
Fala-me do mundo.
Me ajuda a acreditar.
Retorno o caminho, guiada pelo mesmo cheiro que me tirou dele, a flor do desejo da vida que ama.
A vida dela.
E a dela.
E a minha.
À frente, o debate dentro de mim.
Esvoaço pensamento, entro na sala pelas escadas.
Caminhava em frente, pra chegar ali, quando fui surpreendida, meus passos se desviando, ao tempo em que eu já sabia que não iria mais em frente.
É quando encontro ela. E ela.
É no desvio que aparece o amor.
Espalha-se a sorte, a palavra, o abraço, a cor do vestido, as mãos que balançam ideias;
ali, na minha frente, tão bonita.
tão bonita.
Fala-me do mundo.
Me ajuda a acreditar.
Retorno o caminho, guiada pelo mesmo cheiro que me tirou dele, a flor do desejo da vida que ama.
A vida dela.
E a dela.
E a minha.
À frente, o debate dentro de mim.
Esvoaço pensamento, entro na sala pelas escadas.
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