sexta-feira, 29 de abril de 2011
FESTINS, FETICHES
Hoje vou parar de escrever para tentar entender
Vou trocar letras por sonhos,
Vou trocar papel por lápis para os olhos!
Hoje descanso do ciúme que não disse pra que veio,
da saudade que não tem sede,
do costume velho e usado de me decepcionar contigo
hoje, sem números
hoje, sem datas
Hoje vesti nada e fui pra frente da casa sentir a chuva cair
e tão livre estava, que pude te pedir uma visita
e, de visita, pude te dar um abraço
pois hoje, em silêncio, eu posso esperar.. porque por aqui eu já tenho tudo, não há nada que eu precise tanto a ponto de sofrer se não vier
faça vento, faça sol, estiagem, calor, banho frio, formiga, aranha, barata.. mas que nada! sei em cada pedacinho desses a dosagem da minha alegria!
Posso ir, voltar,
pra frente, pra trás, pros lados, qualquer lado, qualquer cor, qualquer roupa.. a isso se chama mobilidade!!
Hoje, mas não só hoje, apareceu um dia lindo pra ser noite de festa, tarde de luz, um dia suave, um dia tranqüilo, um dia de cigarras.
Faço-me hoje do fruto e do gosto do que quero também pras próximas estações.
Pode ser manga, vermelho, caqui, irmã na semana santa, saia longa rodada, beijo na boca, vinho, lápis lancome, arrepio, banho de banheira, livro bom, macarrão al dente, beijos nos seios, sensação, gozo, prazer, gozo, prazer, gozo, prazer
quarta-feira, 27 de abril de 2011
as manhãs são lindas por aqui
Como chove nesse meu mundo sedento!
Rio.. Vermelho!
Como esfria, como ferve.
Como sente.
E, por hoje, o melhor é passar despercebido
Estou no meio de uma festa, personagens que parecem uns, parecem outros.
Naquele momento em que se desajusta para ajustar
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sexta-feira, 22 de abril de 2011
explicandopramimmesma, passo.. a.. passo..
sexta-feira, 15 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
dos muitos títulos possíveis, gosto, entre outros mais confidenciais, do ESTOU DE VOLTA
Do que sinto não foi ao teatro comigo
nem à mesa do jantar.
Tudo bem,
mas não do que sinto.
Do que sinto, um pouco naquele presente,
mas nada no disfarce acompanhante
Do que sinto, ainda não comuniquei o desaparecimento
não soube que morreu, apesar não saber se ainda é
Do que sinto pode ser uma ilusão, fantasia, imaginação,
afinal, além de ir a filmes infantis, ainda gosto de sonhar!
Do que sinto, um pingo, respingo.
Eu não sentia mais sequer a brisa, ou a lembrança,
por isso quis tanto ir embora,
por isso fui. Eu queria do que sinto, e nunca mais encontrava ali
Do que sinto, não sei como tocar, como alcançar o céu que era meu espelho, como imaginar na rua.
Não tenho pressa, ok, pois agora vivo no meeeeu tempo. Às vezes tomo veneno pelos olhos e ouvidos e quero os passos dos sapatos que não são meus. Não servem. Eu tenho inveja porque na maior parte do ‘tempo’ é bom ser igual e não ter essa estranheza entre os olhos. Mas sei. não serve
Do que sinto anda como lhe serve,
mas recebe no coração o como me serve que é meu.
Do que sinto ainda não consigo tocar. Pois foram as miiiinhas paredes que descasquei, furei, cortei, quebrei, não as dele.
Sem o que sinto, não sinto. saudade. Não sinto vontade, parece um engano. Saio de saia para encontrar-me com uma ciranda, mas às vezes somente o mesmo, ainda que comedido.. menos do mesmo!
Por tempos andei assim, sem o que sinto. No lugar, uma mochila cortando o choro, pesada de conciliações e desejos não concedidos. Nada do que sinto dentro dela, espaço todo ocupado com o que devo.
Devia. não devo mais!
Basicamente, mantive somente o que era primordial. Basicamente, o básico.
uma bolsa, uma casa, uma vida.. com o que sinto dentro
um porta retrato imaginário conta a história do dia que o mundo foi criado para sentir aquilo tudo
hoje já tem celular, com mensagem, pré pago, pós pago, roubado, com internet, multifunções, fazendo interurbano até sem passar pela telefonista
mas tudo daquele mundo criado pra mim, que eu deixei cair sem querer na beirada de um quarto-e-sala é o que tento transmitir, o que visto quando quero me apaixonar, o que uso em volta do pescoço, como talismã!
Sei, joguei no cesto da roupa suja!
Sei, dei de volta pro mundo de todas as vontades
Sei. e não quero mesmo a posse de um objeto que seja gente,
e não gosto daquele gosto perdido que dá o esquecimento de dentro da gente
não fui embora,
fiz foi chegar.
estou é de volta!
nem à mesa do jantar.
Tudo bem,
mas não do que sinto.
Do que sinto, um pouco naquele presente,
mas nada no disfarce acompanhante
Do que sinto, ainda não comuniquei o desaparecimento
não soube que morreu, apesar não saber se ainda é
Do que sinto pode ser uma ilusão, fantasia, imaginação,
afinal, além de ir a filmes infantis, ainda gosto de sonhar!
Do que sinto, um pingo, respingo.
Eu não sentia mais sequer a brisa, ou a lembrança,
por isso quis tanto ir embora,
por isso fui. Eu queria do que sinto, e nunca mais encontrava ali
Do que sinto, não sei como tocar, como alcançar o céu que era meu espelho, como imaginar na rua.
Não tenho pressa, ok, pois agora vivo no meeeeu tempo. Às vezes tomo veneno pelos olhos e ouvidos e quero os passos dos sapatos que não são meus. Não servem. Eu tenho inveja porque na maior parte do ‘tempo’ é bom ser igual e não ter essa estranheza entre os olhos. Mas sei. não serve
Do que sinto anda como lhe serve,
mas recebe no coração o como me serve que é meu.
Do que sinto ainda não consigo tocar. Pois foram as miiiinhas paredes que descasquei, furei, cortei, quebrei, não as dele.
Sem o que sinto, não sinto. saudade. Não sinto vontade, parece um engano. Saio de saia para encontrar-me com uma ciranda, mas às vezes somente o mesmo, ainda que comedido.. menos do mesmo!
Por tempos andei assim, sem o que sinto. No lugar, uma mochila cortando o choro, pesada de conciliações e desejos não concedidos. Nada do que sinto dentro dela, espaço todo ocupado com o que devo.
Devia. não devo mais!
Basicamente, mantive somente o que era primordial. Basicamente, o básico.
uma bolsa, uma casa, uma vida.. com o que sinto dentro
um porta retrato imaginário conta a história do dia que o mundo foi criado para sentir aquilo tudo
hoje já tem celular, com mensagem, pré pago, pós pago, roubado, com internet, multifunções, fazendo interurbano até sem passar pela telefonista
mas tudo daquele mundo criado pra mim, que eu deixei cair sem querer na beirada de um quarto-e-sala é o que tento transmitir, o que visto quando quero me apaixonar, o que uso em volta do pescoço, como talismã!
Sei, joguei no cesto da roupa suja!
Sei, dei de volta pro mundo de todas as vontades
Sei. e não quero mesmo a posse de um objeto que seja gente,
e não gosto daquele gosto perdido que dá o esquecimento de dentro da gente
não fui embora,
fiz foi chegar.
estou é de volta!
terça-feira, 5 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Recontando
Todos esses cheiros ausentes, um pouco de cada ano
E todos os seus contornos, saudade
Fazendo burburinho em silêncio.
Fui ao cinema, assistir-me.
Uma pessoa que duvida, noutra que se apaixona, e por quem escolhe viver?
Mãe, estou no filme!!! Semana passada, eu era uma mulher aos 42 que decide ser livre. E liberdade é um trejeito que veste cada um a seu jeito
Hoje, fui outra que quis estar antes no lugar que estava agora, no tronco de um homem que amava.. mas que, cronologicamente, conheceu primeiro a mãe dos seus 2 filhos. Fui a mãe também, bem mais explosiva que eu.
Na saída, de volta, voltou-me aquela sensação de linha embolada que tenho mastigado nos últimos tempos. Enroscou-me no carro, no trajeto, asfalto, nós, ar condicionado & vidro fechado, emaranhado. Pessoas também se misturam em caixa de costura.. é preciso ter paciência para equacionar quem é quem. Um pouco de tempo também, que as pessoas hoje não querem mais gastar, penduram a conta consumindo mais um
Coragem eu tenho! Nem preciso provar, ou buscar argumentos.. tenho, é só!
E construo emoções enquanto tento lembrar, ou esquecer. As coisas (palavras, intenções, pessoas) todas são muito parecidas, por isso gosto de olhar de perto, porque, de perto, eu consigo perceber as diferenças. E por isso também meus olhos gastaram de não usar a distância, só enxergo o longe com óculos vermelhos.
Sei hoje até onde vai o meu coração. Ele viaja pelas esquinas a pé, lembra vagamente de um passado embriagado, coze roupas para a filha alada, come acarajé como se tivesse 11 anos de idade. Penso em presenteá-lo com suspensórios, não para que se segure, mas para que se estique. E que me leve junto, graças a uma dessas leis que teoriza que o corpo deve seguir seus órgãos vitais. Acho uma bobagem acreditar nisso, mas, como sou boba, vou atrás! Amo mesmo seguir meu coração!
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