Passei muito tempo brincando de sábado na quarta-feira. Até meu aniversário, que caía numa terça, fiz virar sábado quando virou quarta!
Era uma ciranda no meio da semana, era o amor escancarado nas ruas escondidas.
Fiquei não dizendo por meses, madruguei beijos e passos no tempo virado festa.
Sem café da manhã, com chuva, com suco de laranja, sem roupa, com cinema, sem vergonha, com prazer, sem paradeiro.
Hoje, pra esquecer a ventania e as cores, durmo mais, me abandono no meio do chá, perco a passagem do mundo. Passa, passa. O sábado agora é só um sábado, o vestido vermelho de quarta-feira eu não uso mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário