Nesse dia, quis beber pra esquecer.
Não consegui.
As letras do ‘nunca mais’ se misturaram, tremeram, mas não sumiram.
Eu continuava, mesmo encharcada, lembrando, lembrando, lembrando.
Era um dia e mais outros com esse corpo calado,
sangrando dor sem febre, sem pele, sem esperança que um dia passe.
Via passar o ônibus, e o mar à minha frente,
via correr a menina pros braços e abraços,
via o medo dentro de mim de que eu nunca mais enxergasse outros olhos..
o ‘nunca mais’ não sai de mim
Meu coração demorado. Pra onde eu vou agora?
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