quarta-feira, 14 de maio de 2014

Nesse dia, quis beber pra esquecer.
Não consegui.
As letras do ‘nunca mais’ se misturaram, tremeram, mas não sumiram.
Eu continuava, mesmo encharcada, lembrando, lembrando, lembrando.

Era um dia e mais outros com esse corpo calado,
sangrando dor sem febre, sem pele, sem esperança que um dia passe.

Via passar o ônibus, e o mar à minha frente,
via correr a menina pros braços e abraços,
via o medo dentro de mim de que eu nunca mais enxergasse outros olhos..
o ‘nunca mais’ não sai de mim





Meu coração demorado. Pra onde eu vou agora?

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