segunda-feira, 23 de julho de 2012
sobre ser
a arte, feminina, o meio da flor, irrompe a dinastia feminina no meu braço esquerdo.
mulheres fortes, minando amor, em seus tempos distintos, sangrando a força da terra do mundo, rosa vermelha grafada nos ossos.
não as substituo. vivo-as em outras pessoas, a honra de pertencer a todos os tempos, vivos e mortos. um trejeito, um chapeu, um brinde, até um acaso.
por elas, eu. sigo em frente, mesmo que mire o chão. também vou pros ares, pros sonhos, pras noites.
trata-se do que conheço, e do que não conheci. do que dei nome e do que não sei como se chama. são fogo na minha perspectiva sagitariana, mas também são água, do choro à cachoeira; são terra, na minha base sempre tão relutante; são ar(es), pois com elas eu voo(u).
do lado esquerdo, onde eu assino meu nome, e tiro sangue, e preparo o alimento, e falo de amor.. desse lado, as mulheres que não param em mim, não cabem, não se objetam, nem se subordinam
não há posse suficiente para uma mulher. não há mais cintos, nem letras ininteligíveis.
nossos seios estão nas ruas, não na mão dos homens anti-proprietários, mas na nossa conduta despudorada e bela de sermos e estarmos onde e com quem quisermos!
nem uma só palavra me foi dita assim por elas, mas foram elas que me ensinaram.
e eu amo assim, acredito assim, admiro assim, respeito assim.
se não pode, não dance com uma. se dançar, saiba que é pra todos os palcos, porque o mundo requer autonomia, e LIBERDADE NÃO É CROMOSSOMO, é condição para estar aqui
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Liberdade, liberdade...é se dar conta que sempre fomos livres, mas não tínhamos percebido ainda. Liberdade não é um cromossomo, não. É a cadeia inteira do DNA, hehe. Bjo. Sil :)
ResponderExcluir:).. um sorriso mais que aberto e liberto para Clarice!
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