Vamos escolher como morrer
Para isso, vamos viver de amor
O mundo cai, desaba, aos poucos e o tempo todo.
Por todos os cantos é assim que o mundo se transforma, desabando, descascando, implodindo e explodindo.
Escolhemos – ou não – como vamos senti-lo despencar, com barulho ou em silêncio.
Você, eu.
Como água escorrendo lenta na pele de Oxum,
ou onda forte derrubando quem insiste em firmar-se sobre chão em movimento.
O mundo desaba, em cada canto por onde esteja instalado.
Em cada tempo, sobre nossas cabeças e corpos.
Escolhendo, volto pro mato.
Não vou pro céu, pro ar.
Volto pra terra, com água correndo.
Encravada numa paixão, aprofundada em mim.
Sei que nem todos conseguem, mas podíamos ser assim, viver – pra escolher como morrer – de amor.
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