quarta-feira, 28 de outubro de 2015

das conversas

Sei mais, não precisa agora
Chorar

Olhei de novo, ouvi de novo
E o que me assustou era amor também, fico calma agora
às quartas

Porque amar não é sempre que é esse tormento de possuir
e querer só pra si,
cócega no seu só umbigo

Minha Gira também toca o ventre e sabe enxergar a outra sendo a outra,
em paz
Sabe trocar o disco, e tocar o próprio perdão
Andar de ônibus e, das mesmas perspectivas, afagar o que vivido
Amado, sentido, chorado,
passado..

Minha velha se afoba na urgência dos dias

- e minha filha me diz: é essa ancestralidade que te desanima conversar,
vai tomar um banho,
nas ervas lavar essa trajetória cansada
Respeito.

E deito com a minha velha na rede que já deitei contigo.
O amor tem vários pousos.

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