domingo, 25 de julho de 2010
estes últimos 05 dias.. a primeira escrita foi assim:
Esta é a vida em que eu não viajei.
Cheia de resquícios, memórias e vontades. Mas, na chegada, começaram as decisões para direção contrária. Sempre disse que foram ocasionais, irresponsáveis, impensadas. Agora acho que não. Que foi um instinto programado, um casamento arranjado em outra esfera, anterior. Tinham que ser executadas sem muito pensamento, por impulso, porque não eram exatamente da minha natureza.
Minha natureza é nômade, nada gregária. Vim e fiz família! Muito cedo, um emprego grudado na estabilidade, marido, filhos, casa fixa. Muita clausura angustiada pra entender tantas opções aparentemente absurdas. Muita culpa por ser e não ser. Até vislumbrar entender que sou a mãe que posso ser, dos filhos que me escolheram. Tudo em ótica manuscrita, labirinto torto. Quarenta anos batendo cabeça sem show de rock.
Agora olho com calma tudo que não foi vivido.
Não é retrospectiva, apenas um olhar passageiro. Um copo de equilíbrio entre tantos outros ébrios. Um corpo viajando com a calma de quem não precisa ir a todos os lugares, gosta mesmo é de respirar um sorriso e pensar 'quando a gente chegar, vemos pra onde fomos'.
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Vc vai além, muito além do que consigo entender, mas nem por isso, deixo de perceber a idéia central. Enfim fomos, chegamos e agora, vamos em frente, nessa busca, nesse encontro consigo mesma, mesmo que no impulso, vamos nos reconhecendo no conhecer o outro, tantas vidas, tantas histórias, tanta gente igual, na mesma busca por traçados distintos, Outros quarenta anos virão e com eles a oportunidade de lá na frente refletir sobre o caminhar e chegando lá a gente ver onde a gente está.
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