sexta-feira, 29 de julho de 2016

numerologia em tempos de pele



A 'história' não se repete. A história pede recontagem, e releitura.
Dá um giro para ser experienciada de outro modo.
Eu ouvia esse chamado e não impulsionava o suficiente pra responder.

Até hoje.
Agora.
Parei o carro no meio da volta (somos o caminho, né, Laura..) e abri o livro num capítulo antigo pra recontar o conto. Mudei o final.
Pedi um café, ganhei uma boa troca de palavras.
Pedi uma caneta emprestada.
Açúcar mascavo.
O dia me convida a mais.
O mundo pede sorrisos.

2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016
Isso pra entender – e aceitar – que meus tempos gracejam da rapidez do mundo, e eu que tenha a paciência de acatar, enquanto meu corpo envelhece, a dinâmica de um sentir bem sentido, uma morte bem vivida, um amor dialogado em silêncio.
Sou dessas, entre-tantas..

Meus números falam que estou para a morte como para a vida.
Que estou para o caos como para a paz
Para a multidão como para só nós duas.

E eu gosto do silêncio pra dizer o que vim pra dizer.
Pelo meu corpo, muitas mulheres falam
Homens sentem e escutarão – escolhas que já foram feitas.

Pelo meu corpo, labuta, raízes, flor na pele, persistência e amor.
A Outra e o Outro que me veem sem que eu me veja, uma das tantas que desconheço

No “e agora?”, ela foi-se, pois não queria dizer mais nada
Fiquei lá, sentada no banco..
..e na cadeira da loja de conveniência do antigo posto
..e nos dias que se passam
..e no amor que não tarda de um tempo incontável
..e no aqui, suposto agora, de mim e de ti, cosmos

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