sexta-feira, 8 de agosto de 2014

desfazer


As pessoas demoram a passar
Porque não é o mesmo tempo
Não se comportam nos segundos, nem nos dias
Há um mundo, tô lendo num livro*, em que “o próprio tempo não existe”.
Nunca houve mundo em que eu morasse mais do que esse, agora.

Comigo é com quem mais converso, explicando o que vou aos bem poucos entendendo
Pode ser que com a travessia da rua, uma chuva começando, já tenha descompreendido e voltado pro lugar de antes, antes do escorrego
Fixo o esquecimento enquanto lembro

Em casa, converso com as paredes.
Não há solidão, há tantas paredes, e tantos assuntos lá..
Ontem elas só me queriam falar do amor
apaguei a luz
E quem passou pelo meu mundo naquele instantes ouviu minha voz alheia a explicações,
repleta de mim,
“o tempo está depois”
(El tiempo está después - Perota Chingo)


* o livro: Hado – Mensagens Ocultas na Água, Masaru Emoto

Nenhum comentário:

Postar um comentário