domingo, 6 de novembro de 2011

se é que me entendes

Dia de silêncio.
Quanto tempo mais sozinha, não sei.
Quantos dias mais cheirando surpresa, não sei.
Quantas vezes mais provocando o próprio desejo, não sei.

Perceba as possibilidades vagas que o silêncio arrasta.
Mire no impossível ao mirar a pele e eleger o homem.
Mas não tenho pegada homem, e só partilho letra no nome do cigarro apertado. Meu olho não abre para o sentimento, minha perna ainda não sabe abrir sem falar de amor. (ainda).

E que mulher é essa que sobrevive assim, sem homem a lhe preencher buracos? Não sei. Não sei que mulher louca de normalidade sou eu.
Não é sublimado, apenas espera. Aguarda conciliar a ordem do desejo com a da oportunidade. Da vontade com a lua. Da noite com o abraço e do dia com o beijo.

Façam-se das minhas vontades as suas! Da minha comida a sua fome. Do meu tesão a sua solução!

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