Às vezes eu confundo a minha vida, minhas expectativas e perspectivas, com a vida das outras pessoas. Melhor eu aceitar as minhas próprias contradições e viver bem. Sair com outras pessoas, me divertir com elas, tudo bem.. mas não incorporar suas ansiedades e desejos. Digo: eu tenho os meus!
- Quero mesmo ansiosamente um homem pra beijar, por qualquer bandeira, qualquer traje ou ocasião?! – acho que não, só sigo o fluxo de mulher-separada-tem-que-fuder-desesperadamente-procura.. não sou eu!
- Preciso mesmo me constranger e me preocupar ansiosamente com não-estar-sozinha-hoje-à-noite-e-pra-sempre?! Não, não sou eu.. de verdade!
- Preciso mesmo ficar contabilizando a quantidade de homens que hoje são gays + a quantidade de homens disponíveis para o abate + a quantidade de mulheres para cada uma desses poucos homens ‘disponíveis’?! Nãããão, não sou eu, não me ligo nessa estatística!
Nada disso faz muito sentido na minha lógica pouco estruturada dessa ‘realidade’. Sou da procura ocasional no olho que tocar o meu, aquele burburinho da multidão não é suficiente pra que eu não escute o silêncio de quem especificamente me interesse..
Adoro o beijo, o carinho, a massagem, o toque, o afago, a malícia, a mensagem, o frisson, o chamego, o abraço.. mas a agonia apressada às vezes atropela o encanto,
e desencantada eu não gosto de viajar
Adoro querer, mas não quero porque me dizem que é preciso, ou que é urgente.. consulto cartas vermelhas para gostar, consulto coração
E sempre que eu me espalho e me disperso das minhas verdades, sinto uma estranha desconexão, desajuste do meu bem estar no mundo
Não quero isso,
não pra mim,
quero não..
Me senti super identificada com esse post. Na minha época de solteirisse convicta, embora não assumida, me questionava a respeito dessas "necessidades" totalmente fabricadas pela ansiedade alheia,que eu acabava assumindo, de quando em vez. E, como consequência, me chafurdava numa angústia que não era absolutamente minha. Por que a mente faz essas coisas, meu Deus? Porque o alimento do ego é justamente esse, minha filha: o conflito. Demorei para 'entender' isso, embora, de pequena, sempre soube que era assim. Desaprendi para reaprender, já adulta, hehe.
ResponderExcluirBjos, Sil